Fundação de apoio vinculada à UFSM investiga suposto desvio de dinheiro cometido por servidora

Fundação de apoio vinculada à UFSM investiga suposto desvio de dinheiro cometido por servidora

Foto: Beto Albert (Diário)

Depois de 16 anos em que a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) esteve no centro de uma investigação da Operação Rodin que envolveu um desvio de R$ 44 milhões do Detran gaúcho, a instituição abriu uma sindicância interna para apurar supostas irregularidades de outro caso, descoberto em julho deste ano e sem relação com a Rodin. O procedimento apura possível desvio de valores praticados por uma servidora da fundação.


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A Fatec é vinculada à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), tem sede no campus e, atualmente, administra 100 projetos. A investigação ocorre em sigilo e foi aberta no dia 19 de agosto pela diretoria da Fundação após a identificação de discrepâncias em valores lançados por essa servidora no sistema de controle financeiro da Fatec.

 
– Nós notamos uma diferença entre como deveria ser feito esse lançamento e como ele estava sendo apresentado. Por isso, nós acionamos nossos órgãos de controle para verificar – afirma o assessor jurídico da Fatec, Victor Hugo Vianna.

 
Não foi informado o nome nem o setor onde trabalha essa funcionária. Ela foi afastada temporariamente do cargo até o fim das investigações.

 
A direção da fundação afirma que as supostas irregularidades não têm relação com processos de licitações. Também não foi informado o tipo de recurso nem o valor que teria sido desviado, mas pode se tratar de uma cifra milionária.

 
O procurador justifica que esse tipo de informação só poderá ser divulgado depois do encerramento da sindicância. Segundo Vianna, o prazo para a conclusão da investigação interna é de duas semanas. Depois disso, se comprovada a irregularidade, o caso passará para uma investigação estadual no Ministério Público de Fundações.


Fiscalização
Com 45 anos de existência, a Fatec teve a história marcada por um momento delicado pela Rodin, desencadeada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2007. De lá para cá, a fundação garante que trabalha para melhorar a fiscalização interna.

 
– Essa sindicância prova que os nossos mecanismos de defesa melhoraram, pois a Fatec sozinha descobriu uma possível irregularidade e levou para os órgãos que nos fiscalizam. É uma ação que está acontecendo de dentro para fora e não de fora para dentro, como foi a Operação Rodin – ressalta Victor Hugo Vianna.


De acordo com a direção da Fundação, a UFSM e o Ministério Público Federal (MPF) já foram comunicadas sobre o procedimento administrativo aberto.


O que diz
Procurada pela reportagem nesta sexta-feira (30), a Reitoria da UFSM não havia se manifestado sobre a investigação na Fatec até o início da noite desta sexta-feira (30).

 
O MPF também foi questionado, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.


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